A República; é uma das obras mais influentes de Platão, escrita no século IV, 380 -370 a.C. Neste diálogo filosófico, Platão investiga questões fundamentais sobre a justiça, a política e a natureza humana. A obra é estruturada em forma de diálogo, principalmente entre Sócrates e diversos interlocutores, o que permite uma exploração profunda de suas ideias. Um dos principais objetivos de Platão é definir o que é a justiça, tanto em nível individual quanto social. Ele propõe que a justiça é alcançada quando cada parte da sociedade cumpre sua função adequada. Para ilustrar isso, Platão descreve uma cidade ideal, Kallipolis, dividida em três classes: os governantes (filósofos-reis), os guardiães e os produtores. Cada classe desempenha um papel específico, e a harmonia entre elas resulta em uma sociedade justa. Platão também introduz sua famosa Teoria das Ideias, que distingue entre o mundo sensível, que é imperfeito e mutável, e o mundo das Ideias, que é eterno e imutável. Essa distinção é fundamental para entender sua concepção de conhecimento e realidade. Um dos trechos mais memoráveis da obra é o Mito da Caverna, que ilustra a jornada do conhecimento e a libertação da ignorância. Nesse mito, prisioneiros acorrentados em uma caverna apenas veem sombras na parede, simbolizando a percepção limitada da realidade. A libertação deles representa o processo de educação e a busca pela verdade. No final, Platão argumenta que apenas aqueles que compreendem as Ideias e possuem verdadeira sabedoria devem governar. Essa ideia de filósofos-reis desafia as concepções tradicionais de poder e liderança, propondo uma visão de governo fundamentada na sabedoria e na virtude. "A República" continua a ser um texto essencial, não apenas na filosofia, mas também na ciência política, na ética e na educação, provocando reflexões sobre a justiça e a estrutura ideal da sociedade até os dias de hoje. https://eniopadilha-com-br.usrfiles.com/ugd/5ca0e9_25f5954b7b7a4a76892d3650ec0cd36c.pdf